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sábado, 11 de setembro de 2010

Serviço Social: rompendo com a alienação (Resumo)

Autora Maria Lucia Martinelli

Diante da Grande Depressão que se arrastava pela Europa espalhou seus efeitos por todos os países com uma grande intensidade. Isto fez com que os fluxos de migração aumentassem significamente para os Estados Unidos.


O capitalismo por sua vez se consolidava com a indústria ferroviária. Com isso os EUA se tornaram muito atrativo na região das indústrias para os trabalhadores que buscavam melhores condições de vida.

Contudo a sociedade capitalista estava à beira de um distúrbio, pois a economia estava deteriorada e os índices de desemprego e a pobreza estava cada vez maiores.

Os donos de industrias da Europa e dos EUA fizeram políticas particulares para vigiar os trabalhadores e seus sindicatos. Com essa situação se deu um clima de tensão que envolvia as relações sociais.

“Permitida por essas circunstancias históricas, a classe dominante, como era usual, foi socorrer com aqueles agentes que criara para cuidar do enfrentamento da ‘questão social’. A essa altura , no curso da quarta década do século, o mundo já se preparava para uma segunda Guerra Mundial”. (pág.95).

Relatos de Martinelli falam que as praticas de assistencialismo existiram desde a “antiguidade” cerca de 3000 anos antes de Cristo na região do Egito, Grécia, entre outras.

Também relata questões da “vida espiritual” nas escrituras da Bíblia. “Além de ter o temário de vários Concílios, foi objeto de preocupação de muitos teólogos” (pág: 97) dos quais se destacam: São Paulo, São Domingos, Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Francisco, São Bernardo e São Bento.

No inicio do século do século XVI Martin Lutero faz criticas a Igreja Católica e lança 95 teses contra as indulgências praticadas pela Igreja. Criando uma nova região o Protestantismo. Sendo que nessas teses fazia acusações de sacerdotes dentre eles o Papa Leão X que era considerado herege para Lutero. Isto ficou conhecido como Reforma Luterana.

No século XVII São Vicente de Paula na França tenta restabelecer as bases cristãs da assistência (ajuda/caridade). Suas idéias atraíram muitos seguidores. E estas foram mais aceitas no cenário da Revolução Francesa.

A tarefa assumida pela Sociedade de Organização da Caridade era racionalizar a assistência e organiza-la em bases cientificas. A assistência tinha como função econômica, social ideológica e de controle. A econômica expandia-se pelo capital, a social ideológica tentava reprimir a organização dos trabalhadores para evitar conflitos e a de controle para controlar a pobreza e a miséria.

“A condição de classe de trabalho do trabalhador atravessava, portanto, não somente sua vida, mas também a própria morte. O signo da desigualdade, sempre presente, da mesma forma que marcava sua vida, insidiosamente engendrava a sua morte, sob o olhar cúmplice das autoridades e da classe dominante”. (pág.: 101, 102).

Em 1888,Nova York lança o primeiro curso destinado ao aprendizado da ação social. A criação da primeira escola foi sem duvida muito importante para o ensino do Serviço Social e bom também para a profissionalização e institucionalização. Pois “a ação realizada a partir de ensinamentos científicos e procedimentos técnicos era crescentemente pelo Estado burguês”. (pág. 107) Pois havia uma necessidade de uma burocracia aparamentada instucionalizada de profissionais com conhecimentos sociais.

Florence Nightingale foi a “pioneira do Trabalho Social” e fez com que Mary Richmond atribuísse uma importância as praticas individuais da assistência, e da forma de investigação de inquérito domiciliar toda vez em que se fossem fazer visitas.

Em Nova Iorque no inicio do século XX os assistentes sociais trabalhavam com equipes de saúde no tratamento e medidas de prevenção de tuberculose entre outras doenças. Nova Iorque e Boston eram sedes da Sociedade de Organização da Caridade, pois foram as primeiras cidades a contar com recursos auxiliares nos processos educacionais em 1908.

Os processos de institucionalização estava em fase de crescimento ampliando nas instituições publicas quanto nas particulares.

Em 1916 se deu em Nova Iorque a primeira Conferência Nacional de Trabalhadores Sociais, com um número de participantes expressivos.

A questão social era vista de forma a ser diminuída tais como manifestações de problemas individuais, passiveis de manipulação da prática social.

Com isso a classe do proletariado não se legitimava tipos de pratica. Não demandava e se apoiava em uma lógica de justificação com preceitos religiosos.

Nos EUA após 1920 a Associação dos Trabalhadores Sociais ganhava cada vez mais força, na Europa o esforço era para garantir uma hegemonia dos pensamentos católicos e dos grupos de profissionais que adotavam referenciais para as suas ações.

Depois da 2° Guerra Mundial o serviço social já se fazia presente em quase todos os países americanos, europeus e até nos países latino-americanos e eram exercidos tanto em entidades particulares quanto para publicas.

Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: Esboço de uma interpretação histórico-metodológica

Neste trabalho os autores buscam analisar e aprofundar o Serviço Social como profissão na sociedade capitalista brasileira no período de 30 a 60. Visualizando a profissão dos Assistentes Sociais, inserida no processo de reprodução das relações sociais. Se afirmássemos que a Instituição S.Social é produto da realidade social mais abrangente, expressaríamos apenas um anglo da questão, a profissão se afirma como instituição peculiar na e a partir da divisão do trabalho social, respondendo as necessidades sociais derivadas da prática histórica das classes sociais na produção e reprodução dos meios de vida e de trabalho de forma socialmente determinada. Assim, ao produzirem os meios de vida, os homens produzem sua vida material onde o grau de desenvolvimento da divisão social do trabalho expressa o grau de desenvolvimento das forças produtivas sociais do trabalho. O S.Social surge como um dos mecanismos utilizados pelas classe dominantes como meio de exercício de poder na sociedade, modificando-se em função das características diferenciadas da luta de classes e das conseqüências do capitalismo. Tendo o trabalho como potência que só se exterioriza em contato com os meios de produção, só sendo consumido, ele cria valor. O consumo dessa força de trabalho pertence ao capitalista, do mesmo modo que lhe pertencem os meios de produção. Onde o trabalhador sai do processo de produção da mesma maneira como entrou, como mera força de trabalho, como fonte pessoal de riqueza para outros e assim verifica-se que até os seus meios de vida estão monopolizados também pela classe capitalista onde os trabalhadores entregam diariamente o valor de uso de sua força de trabalho, gerando na classe trabalhadora uma antítese consigo mesma, os próprios meios de sua dominação, é a sua condição de sobrevivência. Nesse contexto observa-se que capital e trabalho assalariado se criam mutuamente no mesmo processo e onde este processo de produção capitalista é ao mesmo tempo um processo de relações sociais entre classes. Como a totalidade da vida social na reprodução do capital supõe a recriação ampliada da classe trabalhadora e do poder da classe capitalista, esta também é responsável pela geração de uma reprodução ampliada da pobreza e da riqueza que permeia as relações de classes a qual se expressa na luta de classe. Com o exposto, os autores procuram explicitar como o próprio processo de exploração produz a sua legitimação e como, através da prática política, este descompasso no funcionamento da sociedade pode ser superado. O S. Social no Processo de Reprodução das Relações Sociais. O S. Social como instituição componente da organização da sociedade, reproduz pela mesma atividade, interesses contrapostos, respondendo tanto a demandas do capital como do trabalho e só pode fortalecer um ou outro pólo pela mediação de seu oposto. Tanto participa dos mecanismos de dominação e exploração como da resposta às necessidades de sobrevivência da classe trabalhadora e da reprodução do antagonismo nesses interesses sociais, reforçando as contradições que constituem o móvel básico da história, estabelecendo uma estratégia profissional e política para fortalecer as metas do capital ou do trabalho não o excluindo do contexto da prática profissional uma vez que as classes só existem inter-relacionadas, por essa razão é que existe a possibilidade de viabilização do profissional colocar-se no horizonte dos interesses das classes trabalhadoras. Para tal, o S. Social se desenvolve como profissão reconhecida na divisão do trabalho no cenário do desenvolvimento industrial e da expansão urbana. No Brasil afirma-se como profissão integrada ao setor público frente à ampliação do controle e da ação do Estado junto à sociedade civil. Através da Portaria 35, de 19/04/1949, do Ministério de Trabalho, Indústria e Comércio, o S. Social é enquadrado no 14º grupo de profissões liberais. Porém, apesar da regulamentação, não apresenta uma tradição de prática peculiar às profissões liberais na acepção corrente do termo. Historicamente, ele não é um profissional autônomo que exerce independentemente suas funções, porém não exclui os traços que marcam uma prática liberal que viabilize em seus agentes especializados uma certa margem de manobra e de liberdade no exercício de suas funções institucionais. Um código de Ética. Na relação e no contato direto com os usuários, abri-se a possibilidade de reorientar a forma de intervenção e da interpretação do papel desse profissional. Com a indefinição do que é e do que faz, abri-se ao A.Social a possibilidade de apresentar propostas de trabalho que ultrapassem a demanda institucional. Porém, dentre as organizações institucionais que mediatizam o exercício profissional dos Assistentes Sociais, o Estado ocupa uma posição de destaques por ser tradicionalmente um dos maiores empregadores desse profissional no Brasil. Em suas origens, o S. Social no Brasil está intimamente vinculado a iniciativas da Igreja especialmente de sua parcela feminina, predominantemente vinculada aos abastados setores da sociedade. Sua ideologia é justificada na doutrina social da Igreja configurando-se com um caráter missionário à atividade profissional. Dentro da perspectiva profissional de apostolado social a vocação de servir é concebida como uma escolha, oriunda de um chamado, justificado por motivações de ordens éticas, religiosas ou políticas, só podendo aderir indivíduos dotados de certas aptidões particulares e dispostos a engajar toda a sua vida em um projeto que, antes de ser um trabalho, é uma missão. Dessa imagem deriva-se o caráter missionário da figura do profissional que vem desenvolvendo suas atividades nas qualificações da linha divisória da profissão que se desencadeia por motivações puramente pessoais e idealistas.



Fonte:(http://pt.shvoong.com/books/1857078-servi%C3%A7o-social-identidade-aliena%C3%A7%C3%A3o/)

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